Como a tecnologia vem afetando o sono das crianças
A tecnologia está cada vez mais presente em nossa rotina, inclusive das crianças. É comum ver os pequenos sempre entretidos com as telas de smartphones, tablets, videogames e outros dispositivos eletrônicos que oferecem jogos, desenhos e muitas outras possibilidades para a diversão infantil.
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Apesar disso, a utilização das telas em excesso por crianças vem gerando debates e questionamentos da comunidade científica nos últimos anos, o que levou os pesquisadores a levantarem informações sobre o quão prejudicial esse hábito pode ser para uma criança.
Além de afetar aspectos como capacidade de atenção, aprendizado e socialização, um ponto chama a atenção dos especialistas: a relação entre o uso excessivo de telas e a má qualidade do sono infantil, considerado um dos pilares para a saúde e desenvolvimento saudável das crianças.
De acordo com as principais pesquisas realizadas sobre o tema, a utilização de dispositivos eletrônicos em excesso, especialmente no período noturno, prejudica diversos fatores do sono de uma criança, como o ciclo circadiano e também a produção de melatonina, hormônio responsável pela regulação do sono.
Com a queda na produção de melatonina e também a agitação causada pelos jogos, filmes e desenhos animados, a criança passa a enfrentar problemas como: falta de horário para dormir, dificuldade em adormecer, sonolência durante o dia, dificuldade de concentração no ambiente escolar, etc.
Assim, como citado anteriormente, a falta de sono passa a afetar a saúde das crianças como um todo. Segundo uma pesquisa divulgada no periódico JAMA Network, crianças que dormem 39 minutos a menos da quantidade ideal — que varia de acordo com a idade — apresentam menor desenvolvimento físico e mental.
Crianças de 1 a 2 anos precisam dormir cerca de 13 horas diárias, sendo oito noturnas. Já dos 2 a 5, a quantidade necessária passa a ser de 10 a 12 horas de sono, enquanto a partir dos 6 o ideal é que a criança durma a mesma quantidade de horas, porém somente à noite.
Dessa maneira, quando a rotina de descanso da criança começa a ser afetada pela utilização excessiva das telas, é hora de intervir: estabelecer uma rotina definida de horários para dormir e acordar, além de adotar hábitos como leitura de histórias e banho quente, ajuda a melhorar a qualidade do sono dos pequenos.
Claro, é preciso também regular o tempo de utilização dos dispositivos eletrônicos pelas crianças, principalmente no período da noite e antes de dormir, momento onde o organismo precisa começar o processo de relaxamento para que o sono aconteça naturalmente.
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Segundo recomendações da Sociedade Brasileira de Pediatria, o ideal é que crianças com menos de dois anos não sejam expostas a telas, enquanto aquelas de dois a cinco anos devem utilizar os dispositivos por, no máximo, uma hora diária, evitando o uso antes de dormir.
Além da regulação do sono, o controle no tempo de exposição a telas por parte das crianças ajuda na construção cognitiva, capacidade de raciocínio e criatividade, fatores que são prejudicados com o excesso do uso de dispositivos eletrônicos, especialmente na chamada primeira infância.
Concluindo, apesar de oferecerem conhecimento e diversão, as telas podem ser altamente prejudiciais para o sono e também para o desenvolvimento de uma criança, devendo ser utilizadas com consciência e moderação.
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