Autorizada em 2021 pela Agência Nacional de Vigilância Santiária (Anvisa), a venda de melatonina em farmácias sem prescrição médica vem ganhando cada vez mais popularidade entre pessoas que buscam melhorar a qualidade do sono. 

Porém, por se tratar de um hormônio, especialistas alertam que a substância só deve ser utilizada com indicação e acompanhamento médico.

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Confira neste artigo que a Luckspuma preparou tudo sobre a melatonina, em quais casos a suplementação é indicada e também como estimular a produção natural do hormônio – veja mais:

O que é melatonina?

A melatonina é um hormônio produzido pelo organismo na glândula pineal, estrutura localizada na parte central do cérebro. 

O principal fator responsável por guiar a produção da melatonina é a luz: quando o organismo percebe a falta de estímulos luminosos, indicando o início da noite, a glândula pineal começa a produzir o hormônio, preparando o corpo para adormecer.

Segundo a plataforma de informações médicas UpToDate, a melatonina é responsável por mudanças metabólicas, cardiovasculares, respiratórias, digestivas, endócrinas, imunológicas e, claro, alterações relacionadas ao sono. Ao raiar do dia, a melatonina é interrompida, preparando o corpo para o despertar e o início das atividades diárias.

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Fatores que prejudicam a produção de melatonina

Existem alguns fatores que podem interferir e até mesmo bloquear a produção de melatonina, como a luz (incluindo a luz azul emitida por aparelhos eletrônicos como celulares, tablets e notebooks), certos medicamentos e a idade, já que a produção do hormônio tende a cair com o passar dos anos.

Para quem é indicada a suplementação de melatonina?

Apesar de muita gente utilizar a melatonina como um suplemento, os especialistas indicam que essa não é a melhor opção. Seu uso deve ser feito apenas com recomendação de um especialista, que indicará a dosagem, formulação e horário da administração após análise dos sintomas e fatores que estejam prejudicando a produção do hormônio.

Em geral, a suplementação de melatonina é indicada nos seguintes casos: pessoas idosas com produção reduzida do hormônio; crianças com (Transtorno do Espectro Autista) ou TDAH (Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade); e distúrbios do sono, como jet lag e desequilíbrio no ritmo circadiano.

E para a insônia? De acordo com as recomendações médicas, a suplementação de melatonina pode até ajudar a iniciar o sono, mas não é uma substância aprovada e indicada para o tratamento da insônia.

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Riscos da suplementação sem prescrição médica ou excessiva

Ao consumir suplementos de melatonina por conta própria, o indivíduo poderá quebrar a ciclicidade existente nas 24 horas do dia, já que uma dose elevada do hormônio pode prejudicar a queda natural de melatonina que ocorre pela manhã.

Além disso, tomada sem orientação, a melatonina pode causar efeitos indesejáveis, como sonolência diurna, tontura, fadiga, dor de cabeça, náuseas, falta de concentração e até mesmo pesadelos.

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Como estimular a produção de melatonina no próprio organismo?

Segundo a Academia Americana da Medicina do Sono (AASM), manter bons hábitos e uma higiene do sono adequada é a melhor maneira de estimular a produção natural da melatonina, já que os especialistas também afirmam que a suplementação só deve ser feita em casos específicos, como os listados anteriormente.

Entre os hábitos recomendados pelos cientistas e médicos da AASM para estimular a produção natural de melatonina, podemos listar:

• Manter uma rotina de sono, indo dormir e acordando no mesmo horário;
• Deixar o quarto escuro, evitando que a luz penetre no ambiente;
• Restringir o uso de telas uma hora antes de dormir.

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